Em sua 1ª edição, o prêmio que leva o nome do renomado oftalmologista Fernando Arévalo reconhece os esforços e pesquisas de jovens oftalmologistas.
A coordenadora do Departamento de Investigação Científica da Fundação Altino Ventura (FAV), Dra. Camila Ventura, está em destaque no cenário mundial oftalmológico. Entre os dias 18 e 22 de outubro, a pesquisadora foi homenageada na Academia Americana de Oftalmologia (AAO), em Chicago, nos Estados Unidos. Além disso, dois dias depois, em 24 de outubro, compareceu ao Congresso Panamericano de Retina e Vítreo, que ocorreu em Fort Lauderdale, na Flórida, ocasião em que foi convidada a receber o 1º Prêmio Fernando Arévalo, que reconhece jovens oftalmologistas de destaque por suas contribuições científicas.
Em depoimento, a Dra. Camila expressa sua gratidão e a importância do evento, além de enfatizar o carinho pelo médico oftalmologista Fernando Arévalo, com quem já cultivou experiências:
“O Dr. Fernando Arévalo é uma inspiração. Ele tem destaque mundial por suas pesquisas na área de retina. Conheço-o de perto e o considero um amigo. Hoje, temos dificuldades em fazer ensaios clínicos na oftalmologia no Brasil, mas nos Estados Unidos e na Europa, isso acontece constantemente. Quando vamos a um congresso internacional, somos atualizados sobre essas novidades e temos a oportunidade de realizar trocas muito construtivas com os colegas. Por isso, minha intenção ao participar é me atualizar para trazer essas novidades aos meus pacientes. Esse prêmio valoriza os próprios oftalmologistas. Sabemos que é muito difícil para jovens se destacarem em comparação com os mais experientes. Então, esse reconhecimento é uma forma inovadora de valorizar quem está se dedicando à pesquisa e ao avanço no tratamento de seus pacientes”, completou a médica.
Entre os projetos de maior destaque liderados pela médica oftalmologista, está a pesquisa acerca dos efeitos da síndrome, focada em entender como as complicações afetam o desenvolvimento cerebral, a puberdade precoce e as alterações ortopédicas. Ela e sua equipe foram precursoras na identificação das alterações oftalmológicas causadas pelo vírus e continuam acompanhando essas crianças ao longo dos anos. Graças à relevância de seu trabalho, foi garantido recentemente novo financiamento do Ministério da Saúde e do National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos, para continuar o acompanhamento dos pacientes pelos próximos cinco anos.
“Ser reconhecida internacionalmente pela minha dedicação à pesquisa, como mulher brasileira, nordestina e pernambucana, é algo que me traz muito orgulho. Foi uma trajetória percorrida com muito esforço, e esse reconhecimento é a prova de que conseguimos fazer pesquisa de ponta em instituições brasileiras”, comemorou a Dra. Camila Ventura.
EXPEDIENTE
Editor-Chefe: Phelipe Cavalcante
Redação: Ágatha Cavalcanti
Fotografia: Arquivo pessoal/Camila Ventura
Diagramação: Ismael Santos