CER IV “Menina dos Olhos” – Fundação Altino Ventura (FAV)
O que é o CER IV?
O Centro Especializado em Reabilitação (CER IV) “Menina dos Olhos”, da Fundação Altino Ventura (FAV), é um serviço 100% gratuito ao paciente, habilitado pelo Ministério da Saúde e oferecido exclusivamente pelo SUS. Atuamos como ponto de atenção ambulatorial especializado em reabilitação, atendendo de recém-nascidos a idosos com deficiência:
VISÃO
AUDITIVA
INTELECTUAL
FÍSICA
O que fazemos
Diagnóstico e tratamento nas áreas de atuação do CER IV
Concessão, adaptação e manutenção de próteses e órteses
Atendimento integral e humanizado
Apoio psicossocial e empoderamento de famílias e cuidadores
Equipe multiprofissional
Médicos: neurologistas, oftalmologistas, ortopedista e otorrinolaringologista.
Área terapêutica: psicólogo, psicopedagogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, musicoterapeuta, instrutora de Braille e tecnologia assistiva.
Apoio: enfermagem e serviço social.
Setor Visual
Atende pessoas com impedimentos temporários ou permanentes de natureza visual, avaliadas por médicos oftalmologistas. Após encaminhamento, o paciente passa por avaliação multiprofissional para inserção em programas de reabilitação alinhados às suas necessidades e singularidades. O objetivo é desenvolver habilidades para autonomia e independência do indivíduo e da família.
Critérios de inclusão
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Encaminhamento pelo oftalmologista
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Avaliação para inclusão nos programas de reabilitação conforme as demandas
Critérios de exclusão
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Olhos avermelhados e lacrimejamento frequente
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Pálpebras com bordas avermelhadas ou inchadas
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Secreção nos olhos e terçóis
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Crosta presente na área dos cílios
O que o Setor Visual abrange
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Estimulação visual
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Intervenção psicopedagógica visual
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Psicoterapia
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Orientação e Mobilidade (adultos e idosos)
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Adaptação/Concessão de Auxílios Ópticos
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Concessão de bengalas
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Ensino do Sistema Braille
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Tecnologias Assistivas e ensino de uso
Sinais e sintomas de deficiência visual
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Dor de cabeça, visão embaçada ou dupla
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Fechar os olhos para enxergar longe
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Fotossensibilidade
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Aproximar objetos do rosto
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Desatenção e queda de interesse na aula
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Confundir letras ao ler
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Ver TV/celular/computador muito perto
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Inquietação e irritabilidade
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Esbarrar em objetos


Setor Físico
Área voltada à reabilitação física, promovendo prevenção, tratamento e recuperação de alterações motoras, funcionais e posturais decorrentes de condições neurológicas, ortopédicas e outras.
Critérios de inclusão
Pacientes com encaminhamento para fisioterapia e condições que se beneficiem da intervenção, como:
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Sequelas neurológicas pós AVC, Parkinson, lesões medulares, paralisia cerebral, microcefalia, síndrome de Down
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Condições musculoesqueléticas, pós-cirúrgico, artroses, tendinopatias, lombalgia
Critérios de exclusão
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Instabilidade clínica ou condições graves
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Necessidade de monitoramento contínuo ou ventilação mecânica
O que o Setor Físico abrange
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Fisioterapia motora e aquática
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Especialidades: neurológica (adulto e pediátrica), ortopédica e traumatológica (adulto e pediátrica)
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Adaptação no uso de órteses e próteses
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Atividades preventivas
Programas
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Intervenção precoce
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Projeto Bem-Estar
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Aplicação de toxina botulínica (quando indicado)



Setor Intelectual
Atua na reabilitação/habilitação de pessoas com deficiência intelectual (PcDI) e/ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), com abordagem integral e humanizada, centrada no empoderamento familiar e nas necessidades específicas de cada paciente, tendo o brincar como valor central da infância.
Critérios de inclusão
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TEA
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Déficit intelectual
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Paralisia cerebral
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Laudo médico obrigatório
Critérios de exclusão
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Epilepsia (Diagnóstico isolado)
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Pacientes fora do perfil conforme laudo
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Diagnóstico isolado de TDAH
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Transtorno Opositor Desafiador (TOD) (Diagnóstico isolado)
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Diagnóstico puramente psiquiátrico ou quadro em que o transtorno psiquiátrico sobrepõe o neurológico
O que o Setor Intelectual abrange
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Atendimento integral com neuropediatra, fonoaudiólogo, psicólogos, psicopedagogos e terapeuta ocupacional
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Habilitação e reabilitação de PcDI e/ou TEA
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Suporte psicossocial e empoderamento familiar
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Prevenção e identificação precoce de DI e/ou TEA
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Ações voltadas ao desenvolvimento singular no projeto terapêutico
Programas
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Intervenção precoce
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Autismo
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Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)
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Orientação e treinamento a pais de crianças com TEA
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Apoio psicossocial


Setor Auditivo
Atendimento especializado em saúde auditiva, disfagia e linguagem para pessoas com deficiências que tenham impedimentos temporários ou permanentes (progressivos, regressivos, estáveis, intermitentes ou contínuos).
O foco é minimizar efeitos da perda auditiva e potencializar a audição residual.
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Em crianças: estímulo à aquisição e desenvolvimento da linguagem.
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Em adultos e idosos: promoção de independência e participação social.
Critérios de inclusão
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Perda auditiva diagnosticada por avaliação audiológica
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Necessidade de reabilitação auditiva
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Elegibilidade para prótese auditiva (AASI)
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Necessidade de triagem neonatal (teste da orelhinha)
Critérios de exclusão
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Meato acústico externo obstruído (rolha de cera)
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Membrana timpânica perfurada sem tratamento prévio
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Dor de ouvido ou otite secretora
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Questões respiratórias (sinusite, rinite, adenoide, desvio de septo)
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Hipertrofia de amígdalas
O que o Setor Auditivo abrange
Equipe multiprofissional: otorrinolaringologia, fonoaudiologia, psicologia (enfoque sonoro-musical) e apoio familiar.
Principais atividades
Exames auditivos
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Audiometria tonal e vocal
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Audiometria comportamental instrumental
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Audiometria de ganho funcional (AASI)
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Imitanciometria
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Teste da orelhinha
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BERA
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Processamento Auditivo Central (PAC)
Atendimento
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Acompanhamento em fonoaudiologia (motricidade orofacial, disfagia, linguagem e reabilitação auditiva)
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Seleção, concessão, adaptação e manutenção de AASI
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Consulta especializada em otorrinolaringologia


Como acessar o serviço
O atendimento é realizado exclusivamente pelo SUS. Para inserção nos programas do CER IV/FAV, siga os passos:
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Encaminhamento médico conforme o setor (oftalmologia, otorrinolaringologia, neurologia, ortopedia etc.).
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Avaliação multiprofissional no CER IV para definição do plano terapêutico.
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Ingresso no programa adequado às necessidades do paciente.
Observação: alguns setores possuem critérios de exclusão clínicos. Em situações agudas (por exemplo, olhos com secreção ativa, dor de ouvido, instabilidade clínica), o paciente deve tratar a condição inicial antes da reavaliação para reabilitação.
Apoio às famílias e cuidadores
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Acompanhamento psicossocial e grupos educativos
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Orientação sobre direitos, dispositivos e rotinas terapêuticas
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Treinamento para uso de tecnologias assistivas, órteses, próteses e auxílios ópticos
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Empoderamento para autonomia nas atividades de vida diária