CER IV LEVA PACIENTES A EXPERIÊNCIA SENSORIAL NA FUNDAJ
- arquivosfav
- 10 de jun.
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> A iniciativa reforça o compromisso com a inclusão cultural através de recursos de acessibilidade

No dia 28 de maio, sete pacientes com deficiência visual, atendidos pelo Centro Especializado em Reabilitação “Menina dos Olhos” - CER IV, da Fundação Altino Ventura (FAV), participaram numa visita guiada ao Museu do Homem do Nordeste e ao Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ). A atividade, organizada pela terapeuta Simone Pessoa, do setor de reabilitação visual do CER IV, contou com o acompanhamento de pais e cuidadores, reforçando o compromisso com a inclusão cultural através de recursos de acessibilidade sensorial.

Durante o percurso pelo museu, os visitantes tiveram acesso à audiodescrição simultânea, que detalhava as características visuais dos espaços e das obras visitadas. As exposições “Lá Vêm Elas” e “Elas: onde estão as mulheres nos acervos da FUNDAJ” foram destaques do roteiro, juntamente com a mostra permanente do espaço. Em alguns ambientes, os pacientes puderam tocar em peças interativas, explorando formas, texturas e materiais, o que ampliou a compreensão e o envolvimento com o conteúdo expositivo.
Para os participantes, a vivência no museu foi mais do que um passeio: foi uma imersão sensorial que promoveu autonomia, autoestima e sociabilidade. A possibilidade de explorar as exposições através do tato e da audição fortaleceu os vínculos com a cultura e permitiu que pessoas com deficiência visual experienciassem de forma plena um espaço museológico, muitas vezes inacessível ao público com limitações sensoriais. A programação contou ainda com a exibição do curtametragem Cor de Pele, com recurso de audiodescrição.

O documentário aborda a história de três crianças albinas, filhas de uma família negra de Olinda, e suscitou reflexões sobre identidade, inclusão e diversidade. A obra, bem como as exposições visitadas, proporcionaram momentos de identificação e ampliaram o repertório cultural dos participantes, abordando temas de caráter étnico-racial.
Para a terapeuta Simone Pessoa, ações como esta são fundamentais na reabilitação visual. “Minha concepção sobre essa atividade externa é extremamente positiva. Ela se configura como uma extensão da terapia, pois trabalha aspectos sensoriais, cognitivos, emocionais e sociais de forma integrada. Além disso, proporciona aos pacientes uma vivência real no espaço público, rompendo barreiras muitas vezes impostas pela sociedade. É um exemplo concreto de como a acessibilidade e a cultura podem caminhar juntas para transformar vidas”, afirmou.
EXPEDIENTE
Editor-Chefe: Phelipe Cavalcante
Redação: Phelipe Cavalcante
Fotos: Simone Pessoa
Diagramação: Ana Silva