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FAV REGISTRA 95 CASOS DE LESÕES OCULARES POR BALAS DE GEL

  • arquivosfav
  • 15 de jan.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 17 de fev.

Oftalmologista da Fundação Altino Ventura alerta para o perigo do uso da armas de gel

e afirma que brinquedo pode levar a cegueira irreversível


A forte tendência das gel blasters ou popularmente conhecidas como arminha de gel, tornou-se a principal preocupação da população com as constantes disputas entre crianças e jovens nos bairros do Grande Recife. Os embates dos grupos disparando bolas de gel, sem o uso devido do equipamento de proteção, tem aumentado os casos em que as “balinhas” atingiram os olhos dos participantes e até dos que não faziam parte da brincadeira. No período de 30 de novembro a 13 de janeiro, a Emergência da Fundação Altino Ventura (FAV), atendeu 95 casos desta natureza.


Esse tipo de “distração e entretenimento” pode ensejar vários problemas, desde acidentes de trânsito, mal entendido e ferimentos nos olhos. São muitos os episódios que a Emergência da FAV têm registrado. A maioria das vítimas têm entre 12 e 18 anos. Também tiveram seus olhos atingidos por essas “munições”, pessoas que voltavam do trabalho, mercados, ou estavam em frente as suas residências.


Como também, motorista de aplicativo e até dentro da sala de aula, como foi o caso que vivenciou a adolescente, Dáfni dos Anjos, de 15 anos.

“A balinha passou pelo combogó da sala e acertou meu olho. Senti uma ardência muito forte na hora e fui levada à FAV. Após o atendimento, ainda vejo um pouco embaçado”, contou.

A situação tornou-se um fenômeno nas principais cidades do Brasil. Mas o que os participantes não se deram conta ainda, é que, o uso indevido desses equipamentos, caso atinjam os olhos, podem causar hematomas e até cegar.


É o que alerta a Médica Oftalmologista da FAV, Dra. Camila Moraes.

“Os casos de lesões oculares têm aumentado de forma preocupante, e os riscos associados ao uso dessas balas de polímero superabsorvente são significativos. Quando atingem os olhos, podem causar danos graves, como inflamação e, em situações mais severas, até descolamento de retina”, explicou.
“O maior alerta é para os traumas que resultam em rupturas nas camadas da retina, levando ao descolamento, que pode se manifestar semanas após o impacto inicial. Além disso, muitos pacientes apresentam sangramento ocular, inflamação na conjuntiva e uveíte. Nos casos mais graves, outras condições podem surgir, como o glaucoma secundário. No que diz respeito à uveíte, é essencial ressaltar que essa inflamação compromete a parte vascular do olho e, se não tratada adequadamente, pode deixar sequelas visuais irreversíveis. Se o paciente tiver qualquer tipo de trauma ocular, mesmo que não sinta dor ou baixa de visão, procure uma urgência oftalmológica para a avaliação”, alertou a Dra. Camila.

EXPEDIENTE

Editor-Chefe: Phelipe Cavalcante

Redação: Weriston Rodrigues

Fotografia: Arquivo

Diagramação: Ismael Santos

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